Ei jornalista, não se reprima!
A frase “não se reprima” (tirada daquela música do grupo “Menudo” dos anos 1980) talvez possa soar para você de forma engraçada, mas o intuito não é necessariamente fazer você rir, e sim, entender que essas mudanças diárias que estão acontecendo nas redações jornalísticas fazem parte de um processo que a maioria das empresas de comunicação estão tomando em vista da diminuição de custos e etc. que costuma ser veiculado na mídia.
Mas a questão que desejo abordar neste texto é de que hoje, o jornalista – sobretudo o esportivo – deve se reinventar mediante a um mercado no qual está cada vez mais difícil de se encaixar.
É bem verdade que com esta “crise” que vem invadindo o espaço da comunicação, poucos estão conseguindo seu lugar, ao mesmo tempo que muitos estão saindo em retirada após serem comunicados de seus desligamentos. Entretanto, o momento agora é de se reciclar, pensar alto e em novas possibilidade e, por que não, explorar novos campos de atuação.
Sempre quando alguém vem me perguntar o que se deve fazer em vista da situação – que muitas vezes achamos absurda – do mercado de trabalho para o jornalista, respondo que, antes de tudo, é preciso muita calma nessa hora.
Eu sei que é difícil e que às vezes temos a impressão de que nossos sonhos estão sendo abortados ao observarmos essa onda que passou a se tornar quase que rotineira de passaralhos pelas redações.
Contudo, o que nos impede de fazermos um projeto mais autoral? Quem sabe um blog ou site sobre um determinado assunto, uma revista customizada para a área digital, produzir um livro e contar uma história inédita ou através de um outro ângulo, ou ainda um canal no YouTube ou podcast para falar um assunto que temos vontade e prazer de discutirmos? E tornar esses trabalhos rentáveis é apenas consequência do sucesso que você pode obter com eles.
Por mais que não ganhemos nada ou pouco que seja, no sentido financeiro, com esses projetos a parte, acredito que o prazer quando os realizamos seja o mais importante, pois é o gás que precisamos para nos mantermos vivos em meio a essa selva desordenada que tem se tornado a área do jornalismo.
Então, a dica é não se reprimir ou se desanimar com esse cenário de passaralhos. É necessário não perder a fé e ir em busca do seu espaço e do seu direito de voz. Todos nós podemos crescer de alguma forma, seja através do estudo ou de nossos trabalhos profissionais tanto para empresas quanto aqueles voltados para o lado pessoal. Sendo assim, mãos à obra e pés no chão. Valendo!
Por Leandro Massoni Ilhéu